Nada incomoda mais do que sentir coceira, vermelhidão e tantos outros desconfortos nos olhos que são característicos da conjuntivite alérgica. Diferente dos outros tipos da doença, ela não é transmitida de pessoa para pessoa, mas requer alguns cuidados para não pegá-la.
Homem coçando os olhos, um dos sintomas mais frequentes de conjuntivite alérgica.


Quais são os tipos de conjuntivite?


Antes de explicarmos mais a fundo sobre a conjuntivite alérgica, você precisa saber que existem 3 tipos da doença. Confira o breve resumo de cada uma delas: 
  • Conjuntivite alérgica: não é contagiosa e surge, geralmente, quando a pessoa está exposta a uma substância que causa alergia, como: ácaros, etc. 
  • Conjuntivite bacteriana: causada pelas bactérias, entre vários sintomas, ela provoca também a produção de uma substância espessa e amarelada nos olhos; 
  • Conjuntivite viral: causada por vírus (adenovírus ou herpes), esse tipo de conjuntivite é altamente contagioso. Os principais sintomas são: sensação de areia nos olhos, corpo estranho e lacrimejamento. Dura, em média, 2 semanas. 

Afinal, o que é conjuntivite alérgica? 


A conjuntivite alérgica é considerada uma forma de alergia ocular (reações alérgicas que ocorrem dentro ou em regiões próximas dos olhos, como as pálpebras, por exemplo). Ela pode ser muito grave e tem risco grande de complicação se não for tratada adequadamente.
Ela é uma inflamação no olho que ocorre quando a pessoa está exposta a uma substância que causa alergia (também chamada de alérgeno), como: ácaros de poeira, pólen, entre outros. 
Como mencionamos acima, diferente dos outros tipos de conjuntivite, a versão alérgica não é contagiosa, ou seja, não transmite de pessoa para pessoa. 
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a conjuntivite alérgica atinge quase 20% da população. Em 40% e 60% dos casos, ela está relacionada a doenças como: asma, dermatite atópica e rinite alérgica. 

O que causa a conjuntivite alérgica?


Os principais agentes desencadeadores da conjuntivite alérgica são: 
  • Ácaros de poeira;
  • Cloro utilizado em piscinas;
  • Fungos;
  • Maquiagens fora da validade;
  • Pelos de cachorro, gato ou outros animais domésticos;
  • Pólens de grama (polinose); entre outros.

Quais são os principais sintomas?  


Podemos dividir os sintomas em leves ou graves/crônicos. 

Nos casos leves podem ocorrer: 


  • Coceira nos olhos;
  • Desconforto visual;
  • Inchaço de pálpebras, que geralmente ocorrem nos dois olhos; 
  • Olhos lacrimejados;
  • Presença de olho vermelho ou irritado;
  • Sensação de corpo estranho. 

Nos graves ou crônicos podem ocorrer: 


  • Fotofobia (desconforto ou dor ao olhar para a luz);
  • Olhos inflamados constantemente;
  • Presença de secreção gelatinosa.

Agora uma informação importante: quem está com conjuntivite alérgica não deve coçar os olhos para evitar machucá-los e arranhar a córnea, o que deixa a vista mais sensível e abre espaço para contaminações.

Veja também: tosse alérgica, como identificar e qual o tratamento?


Como se pega conjuntivite alérgica?


Quando a pessoa entra em contato com um alérgeno (substâncias que causam reação alérgica).

Como é feito o diagnóstico?


O oftalmologista pode descobrir se a pessoa está com conjuntivite alérgica com base nos sintomas que a pessoa está apresentando e exame físico. 
Além disso, é preciso descobrir qual é o tipo de alérgeno que está desencadeando a doença por meio do teste de alergia na pele ou no sangue pela dosagem de IgE específica. 

Quanto tempo dura a conjuntivite alérgica?


A conjuntivite alérgica não tem um tempo de duração específico. A duração varia muito de pessoa para pessoa.

Como tratar a conjuntivite alérgica?


Quem está apresentando os sintomas pode lavar os olhos com água gelada ou colocar compressa fria na região para reduzir o desconforto causado pela conjuntivite alérgica
Agora para tratar a doença, o paciente precisa utilizar colírios com propriedades anti-histamínicas e anti-inflamatórias para diminuir a coceira e a vermelhidão nos olhos. 
Outra alternativa é usar colírios lubrificantes (também chamados de lágrimas artificiais). Essa medicação tenta imitar as naturais e tem o objetivo de:
  • Criar uma barreira que impeça a penetração de alérgenos (ex: ácaros, pólen, etc.);
  • Diminuir o desconforto ocular;
  • Prevenir o olho seco que pode estar relacionado ao processo inflamatório da doença. 

Outra opção é fazer tratamento com imunoterapia que nada mais é do que aplicar vacinas para amenizar os quadros alérgicos. O objetivo da injeção com alérgenos é reduzir o grau de sensibilização a substâncias específicas (ex. ácaros, fungos, etc.), inibindo as reações.

Como prevenir a doença?


Há algumas recomendações para quem quer evitar contrair a conjuntivite alérgica
  • Deixar a casa sempre limpa e higienizada; 
  • Evitar fazer serviços de jardinagem ou passear em locais abertos, como: campos, parques, etc.;
  • Manter as janelas do carro fechadas e usar o ar condicionado com filtro;  
  • Sempre higienizar as mãos após brincar com animais de estimação e depois de mexer em tintas, perfumes, etc.;
  • Usar óculos de sol para evitar o contato com o pólen ou poeira quando estiver ao ar livre.

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