No primeiro texto da nossa série, falamos sobre a importância da amamentação, principalmente em longo prazo. Agora, vamos contar alguns fatos curiosos sobre o “líquido de ouro”: o leite materno!
Considerado o melhor alimento do mundo, o leite materno está em constante mudança na sua composição e nos fatores ativos para o bebê. Ele se adapta e sempre tem os nutrientes na quantidade e na qualidade adequadas que a criança precisa, em cada idade e em cada momento da vida.
O colostro é o líquido produzido em pequeno volume entre o nascimento até, em média, os primeiros 5 dias de lactação. Ele é extremamente importante para o recém-nascido por ser rico em células de defesa – anticorpos, como a IgA, responsáveis por proteger a criança contra doenças -, além de proteínas e oligossacarídeos.
Já o leite de transição, produzido entre o 5° dia e as duas semanas após o parto, é rico em lactose, gordura e vitaminas hidrossolúveis. Por fim, o “leite maduro”, mais espesso, geralmente é produzido cerca de 2 semanas após o parto, permanecendo o mesmo até o restante do período de lactação. A quantidade de anticorpos vai diminuindo à medida que o sistema imunológico da criança amadurece, enquanto enzimas antimicrobianas e substâncias antioxidantes são mais frequentes na composição desse leite. Possui um equilíbrio entre macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos) e micronutrientes (vitaminas e minerais).
Também conhecido como “sangue branco”, o leite materno tem a surpreendente capacidade de variar sua composição no decorrer de uma mamada, ao longo de um dia, de meses e até mesmo de anos, em ajuste com as necessidades do lactente.
Por conta dessa transformação constante do leite materno, a sua coloração também muda. No início da mamada, ele tem uma cor parecida com a da água de coco, pois sua composição tem mais água que gorduras, além de ser rico em anticorpos. Conforme o bebê mama, o leite do meio desce, que é branco e opaco devido ao aumento da quantidade de uma proteína chamada caseína. Próximo ao final, o leite contém mais gorduras e, por isso, a cor é mais amarelada. Também tem mais calorias e dá saciedade para a criança.
A cor do leite materno também pode variar com a alimentação da mulher, com o uso de alguns medicamentos ou em caso de rachaduras no bico do seio, que causam sangramento. Se o seu leite estiver com a cor esverdeada, vermelho tijolo ou marrom, procure um profissional de saúde imediatamente ou um Banco de Leite Humano.
Até pouco tempo, havia essa crença, mas hoje sabemos que ele tem sua microbiota própria, sendo composto por diversos microrganismos. Esses micróbios funcionam como prebióticos e probióticos, habitando o trato gastrointestinal do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias, diarreias e outras infecções bacterianas.
O leite materno é rico em substâncias anti-inflamatórias e antioxidantes, protegendo a criança contra efeitos nocivos da inflamação. Além disso, diversas proteínas presentes nesse leite protegem os bebês contra infecções na mucosa e na pele. Há, ainda, a presença de microrganismos no leite materno que estimulam e desenvolvem o amadurecimento do sistema imunológico infantil.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), vários estudos científicos apontam uma relação entre a amamentação e o Quociente de Inteligência (QI). Os bebês que mamam têm maiores chances de se tornarem adultos menos doentes e mais inteligentes.
Isso acontece porque, nos primeiros 2 anos, o desenvolvimento do cérebro é intenso e o leite materno é composto por substâncias essenciais para que a criança atinja o seu potencial de inteligência. Em geral, a criança em aleitamento materno também tende a ser mais estimulada.
Até os 9 meses, aproximadamente, quanto mais tempo durar a amamentação, maior pode ser o aumento no QI. O mesmo acontece com bebês de até 6 meses que seguem alimentados exclusivamente com leite materno, sem outros alimentos ou tipos de leite. Ao analisar crianças amamentadas em comparação com as não amamentadas, ou amamentadas por pouco tempo, o primeiro grupo tem uma média de 3,4 pontos a mais de QI.
No entanto, é importante ressaltar que nem toda criança amamentada será mais inteligente que a não amamentada. A amamentação não é fator único e determinante nesses casos. Outros fatores contribuintes são: a saúde, genética, os cuidados que ela recebe, o estímulo, estilo de vida, as experiências às quais é exposta, além do ambiente em que vive.
Amamentar um bebê no seio materno é de graça, já que o leite é produzido pelo próprio corpo da mãe ou pode ser adquirido em um Banco de Leite Humano. O custo de amamentar com fórmula ou de alimentar o bebê com outros alimentos é altíssimo em curto e longo prazo.
Uma pesquisa publicada em 2019, intitulada “O Custo de Não Amamentar”, mostrou que a amamentação previne a morte de 595.379 crianças por ano, causadas por diarreia e pneumonia, e evita cerca de 974.956 casos de obesidade infantil. Já para as mães, os pesquisadores apontam que a amamentação tem o potencial de prevenir 98.243 mortes por câncer de mama e de ovário e por diabetes tipo 2.
Com base nesses dados, o estudo concluiu que, economicamente, o aleitamento materno evita o gasto de aproximadamente 341.3 bilhões de dólares (ou 0,70% da renda nacional bruta mundial) por ano. Ou seja, os benefícios vão além da saúde.
Com todas essas informações, dá para entender o porquê de o incentivo à amamentação ser tão importante. Por isso, devemos reforçar essa ideia constantemente.
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1) O leite materno é o único leite “vivo”
Considerado o melhor alimento do mundo, o leite materno está em constante mudança na sua composição e nos fatores ativos para o bebê. Ele se adapta e sempre tem os nutrientes na quantidade e na qualidade adequadas que a criança precisa, em cada idade e em cada momento da vida.
O colostro é o líquido produzido em pequeno volume entre o nascimento até, em média, os primeiros 5 dias de lactação. Ele é extremamente importante para o recém-nascido por ser rico em células de defesa – anticorpos, como a IgA, responsáveis por proteger a criança contra doenças -, além de proteínas e oligossacarídeos.
Já o leite de transição, produzido entre o 5° dia e as duas semanas após o parto, é rico em lactose, gordura e vitaminas hidrossolúveis. Por fim, o “leite maduro”, mais espesso, geralmente é produzido cerca de 2 semanas após o parto, permanecendo o mesmo até o restante do período de lactação. A quantidade de anticorpos vai diminuindo à medida que o sistema imunológico da criança amadurece, enquanto enzimas antimicrobianas e substâncias antioxidantes são mais frequentes na composição desse leite. Possui um equilíbrio entre macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos) e micronutrientes (vitaminas e minerais).
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Leia mais: Saúde mental durante a maternidade
Também conhecido como “sangue branco”, o leite materno tem a surpreendente capacidade de variar sua composição no decorrer de uma mamada, ao longo de um dia, de meses e até mesmo de anos, em ajuste com as necessidades do lactente.
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Leia mais: O que é Consultora de Amamentação
2) A cor do leite muda
Por conta dessa transformação constante do leite materno, a sua coloração também muda. No início da mamada, ele tem uma cor parecida com a da água de coco, pois sua composição tem mais água que gorduras, além de ser rico em anticorpos. Conforme o bebê mama, o leite do meio desce, que é branco e opaco devido ao aumento da quantidade de uma proteína chamada caseína. Próximo ao final, o leite contém mais gorduras e, por isso, a cor é mais amarelada. Também tem mais calorias e dá saciedade para a criança.
A cor do leite materno também pode variar com a alimentação da mulher, com o uso de alguns medicamentos ou em caso de rachaduras no bico do seio, que causam sangramento. Se o seu leite estiver com a cor esverdeada, vermelho tijolo ou marrom, procure um profissional de saúde imediatamente ou um Banco de Leite Humano.
3) Acreditava-se que o leite materno era estéril
Até pouco tempo, havia essa crença, mas hoje sabemos que ele tem sua microbiota própria, sendo composto por diversos microrganismos. Esses micróbios funcionam como prebióticos e probióticos, habitando o trato gastrointestinal do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias, diarreias e outras infecções bacterianas.
O leite materno é rico em substâncias anti-inflamatórias e antioxidantes, protegendo a criança contra efeitos nocivos da inflamação. Além disso, diversas proteínas presentes nesse leite protegem os bebês contra infecções na mucosa e na pele. Há, ainda, a presença de microrganismos no leite materno que estimulam e desenvolvem o amadurecimento do sistema imunológico infantil.
4) A amamentação em longo prazo pode ajudar no desenvolvimento da inteligência infantil
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), vários estudos científicos apontam uma relação entre a amamentação e o Quociente de Inteligência (QI). Os bebês que mamam têm maiores chances de se tornarem adultos menos doentes e mais inteligentes.
Isso acontece porque, nos primeiros 2 anos, o desenvolvimento do cérebro é intenso e o leite materno é composto por substâncias essenciais para que a criança atinja o seu potencial de inteligência. Em geral, a criança em aleitamento materno também tende a ser mais estimulada.
Até os 9 meses, aproximadamente, quanto mais tempo durar a amamentação, maior pode ser o aumento no QI. O mesmo acontece com bebês de até 6 meses que seguem alimentados exclusivamente com leite materno, sem outros alimentos ou tipos de leite. Ao analisar crianças amamentadas em comparação com as não amamentadas, ou amamentadas por pouco tempo, o primeiro grupo tem uma média de 3,4 pontos a mais de QI.
No entanto, é importante ressaltar que nem toda criança amamentada será mais inteligente que a não amamentada. A amamentação não é fator único e determinante nesses casos. Outros fatores contribuintes são: a saúde, genética, os cuidados que ela recebe, o estímulo, estilo de vida, as experiências às quais é exposta, além do ambiente em que vive.
5) O leite materno é econômico
Amamentar um bebê no seio materno é de graça, já que o leite é produzido pelo próprio corpo da mãe ou pode ser adquirido em um Banco de Leite Humano. O custo de amamentar com fórmula ou de alimentar o bebê com outros alimentos é altíssimo em curto e longo prazo.
Uma pesquisa publicada em 2019, intitulada “O Custo de Não Amamentar”, mostrou que a amamentação previne a morte de 595.379 crianças por ano, causadas por diarreia e pneumonia, e evita cerca de 974.956 casos de obesidade infantil. Já para as mães, os pesquisadores apontam que a amamentação tem o potencial de prevenir 98.243 mortes por câncer de mama e de ovário e por diabetes tipo 2.
Com base nesses dados, o estudo concluiu que, economicamente, o aleitamento materno evita o gasto de aproximadamente 341.3 bilhões de dólares (ou 0,70% da renda nacional bruta mundial) por ano. Ou seja, os benefícios vão além da saúde.
Com todas essas informações, dá para entender o porquê de o incentivo à amamentação ser tão importante. Por isso, devemos reforçar essa ideia constantemente.
- Leia mais: Panorama da amamentação no Brasil e no mundo
Cuide da sua saúde e do seu bebê em casa com a Beep!
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