Dormência, fraqueza, visão dupla prolongada, fala arrastada e vertigem são só alguns sinais que devem te deixar alerta para a esclerose múltipla (EM). Essa doença, que tem um grande potencial de incapacitar o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), atinge uma média de 40 mil brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Quer entender mais sobre o assunto? Então, leia este post completo! 
Médica olhando para a tela com os exames de esclerose múltipla
 

O que significa esclerose múltipla? 


A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e neurológica em que os anticorpos – ao invés de defenderem o organismo dos vírus e bactérias etc. – agridem o próprio sistema nervoso central. O resultado é a presença de lesões tanto na medula quanto no cérebro.

O que pode causar a esclerose múltipla?


A esclerose múltipla é uma doença autoimune. Isso quer dizer que ela está relacionada ao sistema imunológico que não reconhece o sistema nervoso da forma adequada e leva a um ataque dos anticorpos à bainha de mielina (nos neurônios). 
Acredita-se que o indivíduo tenha uma predisposição genética que, associada a fatores externos e ambientais, levam ao desenvolvimento da doença em um determinado momento da vida.

O que seria a bainha de mielina?


Imagine que a bainha de mielina é como uma fita isolante. Quando ela está boa, tudo funciona bem. Quando fica comprometida, todas as mensagens que passam por ali são bloqueadas ou demoram a chegar ao seu destino. 

Fatores de risco da doença


Alguns fatores podem aumentar o risco para o surgimento da esclerose múltipla, como: 
  • Baixos níveis de vitamina D;
  • Doenças autoimunes, como: anemia perniciosa, doença da tireoide, psoríase, diabetes tipo 1 ou doença inflamatória intestinal;
  • Idade entre 20 e 40 anos;
  • Histórico familiar: pais e/ou irmãos com a doença;
  • Obesidade;
  • Ser fumante;
  • Ser do sexo feminino; 
  • Ter um gene no cromossomo 6p21.

Como são os primeiros sintomas de esclerose múltipla? 


Os primeiros sintomas de esclerose múltipla não acontecem de repente. Eles vão começando aos poucos e evoluindo para um quadro mais intenso, até a quarta semana. Após esse período, eles somem.  

Quais são os sintomas da esclerose múltipla?


Os sinais e sintomas da esclerose múltipla podem não ser os mesmos para todas as pessoas. Eles também diferem dependendo da localização das fibras afetadas. Além disso, os sintomas são inespecíficos e podem ser comuns a outras doenças. 
Veja os mais comuns: 
  • Ausência de coordenação motora;
  • Cansaço (fadiga);
  • “Choque elétrico” (a pessoa pode ter essa sensação quando mexe o pescoço);
  • Distúrbio de humor;
  • Fala arrastada;
  • Fraqueza ou dormência nos membros; 
  • Formigamento;
  • Perda da visão (total ou parcial), muitas vezes, em um olho por vez;
  • Presença de visão embaçada;
  • Problemas de locomoção (dificuldade ou incapacidade de andar);
  • Problemas cognitivos, na bexiga, sistema intestinal e na função sexual;
  • Vertigem;
  • Visão dupla (ocorre de forma prolongada).


Quais são as complicações da esclerose múltipla? 


Algumas complicações que a esclerose múltipla pode causar são: 
  • Alteração de humor, ansiedade e/ou depressão;
  • Convulsão (raro);
  • Espasmos musculares;
  • Rigidez na musculatura;
  • Esquecimento e dificuldade para achar as palavras;
  • Paralisia e grave fraqueza muscular, especialmente, nas pernas.

O que fazer caso tenha algum desses sintomas? 


Procure um neurologista para ele indicar o diagnóstico e os tratamentos mais adequados. É bem possível que esse profissional peça para você fazer alguns exames. Alguns deles, como o exame de sangue, tem até coleta em casa

Como descobrir a esclerose múltipla?


A esclerose múltipla pode ser detectada a partir de alguns exames, como: 
  • Punção lombar: verifica se há anormalidade nos anticorpos e descarta qualquer outro tipo de infecção e/ou condição que tenham os mesmos sinais e sintomas dessa doença;
  • MRI: serve para revelar se há lesões no cérebro, medula cervical e torácica;
  • Testes de potencial evocado: o objetivo desse exame é registrar os sinais elétricos que são produzidos no sistema nervoso após algum estímulo no corpo.

Qual exame de sangue detecta esclerose múltipla?


Até o momento, não existe um exame de sangue específico para detectar a esclerose múltipla. Profissionais de medicina podem recomendá-los apenas para descartar a presença de outras doenças com sinais e sintomas parecidos.  


Qual é o objetivo do tratamento de esclerose múltipla? 


O tratamento, que deve ser sempre recomendado por profissionais de medicina, tem alguns objetivos: aliviar os sintomas da fase aguda da doença, evitar que ela tenha progressão rápida e aumentar o tempo entre os surtos de EM. 

Qual é o tratamento para esclerose múltipla?


Médicos podem indicar tratamento com medicação (corticosteroides) para diminuir a intensidade dos sintomas. Outras drogas recomendadas são os imunomoduladores e imunossupressores. Ambos servem para aumentar o espaço de tempo entre o aparecimento de sintomas e outro. 
Outras recomendações são ficar de repouso, caso a pessoa esteja vivendo a fase aguda da doença, fazer atividade física e fisioterapia. 

Existe cura? 


A esclerose múltipla não tem cura, mas tem tratamento. Se a pessoa seguir as recomendações corretas, pode passar um bom tempo sem apresentar qualquer tipo de surto. 

O que fazer para evitar a esclerose múltipla?


A causa da EM não é bem definida, o que dificulta conhecer um tratamento preventivo. Hábitos alimentares saudáveis, reposição adequada de vitamina D, atividade física e não fumar ajudam a evitar a esclerose múltipla assim como outras doenças autoimunes.

Quem tem esclerose múltipla pode engravidar?


Sim. A esclerose múltipla não afeta a fertilidade e não representa aumento de risco materno e fetal durante a gestação. Alguns estudos mostram que, durante a gravidez, os sintomas são mais leves e os surtos menos frequentes.

Qual é o tempo de vida de uma pessoa com esclerose múltipla?


Estudos mostram que a expectativa de vida dos portadores de esclerose múltipla é, em média, de 7 a 14 anos menor quando comparada a pessoas sem a doença. Com o avanço da tecnologia e do conhecimento sobre a EM, a diferença vem diminuindo e garantindo uma melhor qualidade de vida ao paciente.

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