Conheça a prevenção, os sintomas e o tratamento do herpes zoster, uma infecção mais comum na fase adulta e idosa, que leva a desconforto e dor, podendo ocasionar complicações.


O que é herpes zoster?


O herpes zoster, também conhecido popularmente como cobreiro, é uma infecção viral causada pelo vírus Varicela zoster (Herpesvírus humano tipo 3), o mesmo vírus causador da catapora. Enquanto a catapora costuma ocorrer na infância, essa doença aparece principalmente nos adultos e idosos, pois é quando o vírus apresenta uma reativação.
Depois que a pessoa se contamina com o vírus varicela zoster e desenvolve a catapora, esse mesmo vírus pode ficar latente por anos, nos gânglios do sistema nervoso. Em algum momento ele pode reativar, causando o herpes zoster. Por isso, é importante ter maior atenção e cuidado com a criança em contato com familiares que estejam com a doença.
Herpes-zóster
A reativação deste vírus, pode acontecer por alguns motivos, sendo a baixa imunidade, um importante deles. Por isso é mais comum em idosos, que naturalmente apresentam uma redução da imunidade ao vírus. Entretanto, vem crescendo o número de registros de pessoas mais jovens desenvolvendo herpes zoster, por uma queda na imunidade, associada a fatores como o estresse do dia a dia.
Quem já teve catapora, independente da idade, precisa ter cuidado e atenção  caso apareçam os sintomas, pois poderão desenvolver a herpes zoster em algum momento da vida, podendo ocorrer inclusive, mais de uma vez.

Qual a diferença entre Catapora e Herpes Zoster?


A principal diferença entre a catapora e herpes zoster é que a primeira apresenta lesões, polimórficas, ou seja, de diferentes formas, em todo o corpo, enquanto a segunda apresenta lesões vesiculares, numa parte específica, correspondente a um nervo onde o vírus está alojado.
Se um adulto que nunca teve catapora, tem contato com alguém infectado pelo vírus, essa pessoa poderá se contaminar e irá desenvolver primeiro a catapora. 

Como se pega Herpes Zoster?


É importante entender que não se pega herpes zoster e sim o vírus varicela-zóster. A transmissão do vírus ocorre de pessoa para pessoa, por meio de contato direto com a pele ou secreções respiratórias. É mais comum na catapora do que na herpes zoster.
O contato direto com o fluido na erupção das bolhas pode espalhar o vírus varicela zoster para pessoas que nunca tiveram varicela ou nunca receberam a vacina contra a varicela. Quando a lesão vesicular da herpes zoster é coberta, menor chance de disseminar o vírus.
Crianças e adultos que nunca tiveram catapora devem manter distância de quem está contaminado com a catapora e herpes zoster, evitando também contato com objetos pessoais, roupas de cama, entre outros. 
Herpes-zóster

Fatores de risco


O Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC) afirma que uma em cada três pessoas desenvolverão herpes zoster em algum momento da vida.
Entre os maiores fatores de risco da herpes zoster estão: 
  • Idade acima de 50 anos;
  • Estresse físico ou psicológico;
  • Diabetes;
  • Câncer;
  • Quimioterapia e medicamentos que reduzem a imunidade;
  • Doenças crônicas;
  • HIV/AIDS.

Quais são os sintomas do herpes zoster?


Os principais sintomas causados são:
  • Dor;
  • Vesículas (“pequenas bolhas”) numa região delimitada na pele;
  • Coceira;
  • Formigamento;
  • Dor de cabeça;
  • Febre.

Antes do aparecimento da erupção das vesículas, a pessoa pode apresentar dor, coceira ou formigamento na área onde ela se desenvolve. Isso pode acontecer vários dias antes do aparecimento da lesão e a dor pode persistir por semanas ou meses após sua melhora.
Essas vesículas costumam se agrupar, seguir um dermátomo (“faixa”) pelo corpo, e apresentam um líquido que contém o vírus varicela zoster. Elas são parecidas com as da infecção por herpes simples.
As regiões mais comumente afetadas são tronco, face e membros. Na imagem abaixo é possível entender como essas lesões se manifestam:
Herpes-zóster

Como fazer o diagnóstico do herpes zoster?


O diagnóstico clínico é geralmente feito por meio da história clínica e análise das lesões, não sendo necessários exames complementares. Em casos com apresentações menos típicas, como em pessoas com sistema imunológico suprimido, exames complementares podem ajudar. A reação em cadeia da polimerase (PCR) é o teste mais útil para confirmar casos atípicos.

Qual o tratamento para herpes zoster?


O tratamento para herpes zoster é feito com o objetivo de reduzir a duração da doença, limitar sua extensão e gravidade, assim como prevenir suas complicações. O tratamento mais indicado é por meio de antivirais, que devem ser iniciados precocemente, assim como analgésicos, para alívio da dor. Lembrando sempre que a medicação varia de acordo com cada caso e deve sempre ser prescrita por um médico. Se houver aparecimento de lesões na região de face, acometendo nariz e olhos, por exemplo, é necessária avaliação médica precoce, pela possível necessidade de medicação por via intravenosa.
Seguem algumas dicas para seguir enquanto está em tratamento médico:
  • Lave com água e sabão neutro a região lesionada, mas sem esfregar;
  • Utilize roupas que sejam confortáveis e que não pressione a lesão;
  • Só utilize pomadas que sejam prescritas por um médico, pois algumas podem causar irritação da pele e prejudicar as lesões.

Herpes-zóster

Vacina para Herpes Zoster


Para se prevenir, primeiro é importante tomar a vacina contra a catapora, a vacina Varicela, ou a vacina Tetravalente Viral (que além de proteger contra a catapora, protege também contra sarampo, caxumba e rubéola). 
As pessoas que já tiveram catapora e têm contato com alguém contaminado pelo herpes zoster, estão protegidas e não correm o risco de pegar o vírus novamente.
Aprovada pela Anvisa e em circulação no Brasil desde 2014, existe a vacina herpes zoster Zostavax, que deve ser ministrada em uma única dose, via subcutânea.
Liberada para aplicação em pessoas com idade acima de 50 anos e recomendada como rotina para pessoas acima dos 60 anos. Além de reduzir o risco de desenvolver a doença, a vacina ajuda a prevenir contra maiores complicações causadas, como a neuralgia pós-herpética, por exemplo. A vacina Zostavax existe apenas nas redes particulares.
A vacina para se prevenir contra o herpes zoster é contraindicada para os grupos abaixo:
  • Mulheres grávidas;
  • Pessoas imunodeprimidas;
  • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
  • Pessoas com tuberculose ativa não tratada.

Lembrando que a vacina serve para prevenir contra a doença e não é uma forma de tratamento.

Em 2022, a Anvisa aprovou a nova vacina herpes zoster Shingrix – GSK. Veja abaixo uma tabela mostrando as principais diferenças entre ela e a Zostavax – MSD.
tabela comparando a vacina herpes zoster zostavax e a vacina herpes zoster shringrix
 

Maiores complicações 


Uma das complicações mais comuns que costuma atingir quem tem mais de 60 anos é a neuralgia pós-herpética. Ela causa forte dor, sensibilidade ao toque, forte sensação de coceira na região afetada e pode durar semanas a meses após o desaparecimento das lesões.
Em casos mais graves, a doença pode causar meningite, cegueira ou surdez, caso atinja os nervos oculares ou auditivos, podendo, em raros casos, levar a  óbito.

Acompanhamento médico


Agora que você já sabe o que é a herpes zoster, lembre-se de que é essencial o acompanhamento com um médico de confiança para dar início ao tratamento e verificar a evolução e a melhora do quadro, caso seja confirmado o diagnóstico.

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