Atualização (18/03/2020)


Estamos copilando fontes seguras para que você fique atualizado dos últimos acontecimentos e informações relevantes sobre a Covid-19.

A Dra. Cristiana Meirelles, Infectologista Pediátrica consultora da Beep, está incansavelmente em diversos canais esclarecendo a população sobre o novo Coronavírus, certamente você já viu algum dos programas. Mas, caso não tenha visto, não se preocupe, ela preparou este conteúdo  especialmente para o nosso Blog. Além do texto, ela destaca mitos com as principais dúvidas que têm sido levantadas.

Coronavírus: o que fazer então agora?


Devemos lembrar das medidas de prevenção, constantemente noticiadas, e evitar o pânico. Embora haja risco de morte, a maioria das pessoas infectadas apresenta sintomas leves ou até nenhum sintoma e evolui muito bem, sem complicações graves e sequelas.
Idosos e pessoas com doenças cardíacas, pulmonares, diabetes e outros problemas crônicos de saúde devem ficar ainda mais atentas e precavidas, evitando locais de aglomeração e contato com indivíduos doentes.

Informação é a melhor solução!


Em 29 de fevereiro, o Ministério da Saúde lançou o aplicativo (App) Coronavírus-SUS com o objetivo de conscientizar a população sobre a Covid-19. Lá, você encontra informações com sintomas, como se prevenir, o que fazer em caso de suspeita etc. Além disso, há um mapa indicando unidades de saúde próximas e uma seção de notícias oficiais do governo com foco no Coronavírus, O aplicativo está disponível para celulares Android e iOS.
Em resumo… Seja cauteloso, não assustado! Esteja alerta, não ansioso! Seja analítico, não histérico!

Por quê a preocupação?


Por se tratar de um vírus novo, não sabemos exatamente qual o seu comportamento, se sofre mutações facilmente e se gera imunidade para toda a vida após infectar uma pessoa.
Além disso, todos estão susceptíveis à infecção, ou seja, a população não tem imunidade contra a doença. E, por enquanto, não temos uma vacina disponível.
No entanto, não há razão para pânico. O Brasil já vem se preparando para um possível surto de Covid-19 há mais de 1 mês e existe uma experiência prévia com outros surtos como de H1N1 em 2009 e Zika em 2015. Além disso, é provável que o vírus se comporte de forma mais “branda” em locais de clima tropical, mais quentes.

Vamos entender um pouquinho mais sobre o novo Coronavírus?


O SARS-CoV2 é um vírus que foi identificado como a causa de um surto de pneumonia ocorrido em Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
Ele faz parte de uma família de Coronavírus que infecta animais, incluindo camelos, gado e morcegos, e humanos. Na maioria das vezes, as infecções em pessoas são leves, semelhantes a um resfriado comum. No entanto, algumas espécies, como o SARS-CoV e o MERS-CoV, podem causar doenças graves.

Quais os sintomas do Coronavírus?


A pessoa contaminada pode apresentar febre, tosse e dificuldade para respirar, entre outras queixas (espirros e coriza são menos frequentes). A doença pode evoluir com complicações severas como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente entre pessoas mais velhas e com doenças pré-existentes como asma, diabetes e doença cardíaca. Até o momento, a taxa de letalidade da doença está em torno de 2%.
A pessoa infectada pode ter o vírus no seu organismo e só manifestar sinais e sintomas após 2 a 14 dias do contágio (o chamado período de incubação). Estudos demonstram que ela é capaz de transmitir o vírus ainda nesta fase assintomática (sem sintomas).

Como se transmite o Coronavírus?


O vírus pode ser transmitido de uma pessoa doente a outra pelo ar, por meio de tosse ou espirro, pelo toque ou aperto de mão ou pelo contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido então de contato com a boca, nariz ou olhos.

O que fazer em caso de suspeita?


A pessoa só é considerada suspeita de infecção por SARS-CoV2 se apresentar febre e/ou sintomas respiratórios e tiver viajado até um local com transmissão sustentada do vírus (China, Itália, Irã etc) ou entrado em contato próximo com um caso suspeito ou confirmado da doença nos últimos 14 dias.
Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. Como os sintomas não são específicos de infecção por SARS-CoV2, ou seja, são semelhantes a outras infecções como as causadas pelo vírus da gripe (Influenza), serão necessários exames de COVID-19 para o correto diagnóstico.

Como é feito o tratamento do Coronavírus?


Ainda não existe um tratamento específico contra a Covid-19, mas, dependendo da gravidade, são indicados repouso, hidratação e medicações para alívio dos sintomas até hospitalização nos casos severos.
Até o momento, não há medicamento, óleo essencial, substância, vitamina, infusão ou alimento específico que possa prevenir ou tratar infecção pelo SARS-CoV2.

Como se prevenir?


As medidas de prevenção são importantíssimas não só contra a infecção por SARS-CoV2, mas também para evitar doenças contagiosas como sarampo, gripe e gastroenterite aguda.
Seguem algumas orientações:
  • Evitar contato próximo com pessoas com sintomas de infecções respiratórias;
  • Lavar frequentemente as mãos por pelo menos 20 segundos, especialmente após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar;
  • Se não tiver água e sabão, usar álcool em gel 70%, caso as mãos não tenham sujeira visível;
  • Usar lenço descartável para higiene nasal e cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar nas mucosas dos olhos e colocar as mãos na boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Limpar objetos de uso pessoal frequente como celular e teclado de computador;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

É muito importante que se busque informação de qualidade e de fontes seguras! Há dezenas de fake news espalhadas na Internet e não podemos nos influenciar por elas.” __________________________________________________________________________________________________________________________________________

MITOS E VERDADES: Oito mitos sobre prevenção da infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV2)


  1. Tomar chás quentes mata o vírus? Não há nenhuma evidência científica de que chás ou qualquer outra bebida quente destruam o vírus.
  2. Encomendas vindas da China podem transmitir o novo coronavírus? Não há qualquer evidência de transmissão do vírus por objetos vindos da China ou qualquer outro país com circulação do vírus.
  3. Uma pessoa pode cair na rua se estiver infectada pelo novo coronavírus? Há vídeos circulando na internet com esta informação, mas trata-se de informação falsa.
  4. Posso tomar um antibiótico para prevenir infecção por SARS-CoV2? Não. Antibióticos não estão indicados nem para prevenir nem para tratar, pois não agem contra vírus, somente bactérias.
  5. Tomei a vacina contra a gripe. Estou protegido contra o SARS-CoV2? Não. A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza.
  6. Há produtos naturais que podem ajudar a nos protegermos contra o novo coronavírus? Não. Estão circulando nas redes sociais várias informações sobre higienizar a boca ou lavar o nariz com água e sal, comer alho, passar óleo de gergelim no corpo, tomar vitamina C e D, mas nenhuma tem evidência científica.
  7. É importante todos nós usarmos máscara para nos protegermos contra o novo coronavírus no dia-a-dia, mesmo não tendo sintomas? Não. Até o momento, as máscaras são indicadas para aqueles com suspeita de infecção por SARS-CoV2, seus contatos próximos e profissionais de saúde em hospitais e clínicas.
  8. O SARS-CoV2 afeta apenas pessoas idosas? Pessoas de todas as idades podem ser afetadas pelo novo Coronavírus. Entretanto, pessoas mais velhas e com comorbidades (diabetes, asma e doença cardíaca, por exemplo) estão mais vulneráveis a evoluírem com sintomas mais graves da doença.

Fonte: Dra. Cristiana Meirelles