Creche! Uma questão que em algum momento se faz presente na vida da maioria dos pais. São várias as motivações que podem levar à escolha pelo ingresso na creche: pais que trabalham e não têm com quem deixar seu filho após o término da licença-maternidade, pais que estão cansados da dedicação total ao bebê e precisam de parte do dia livre e aqueles que acreditam que é importante que haja socialização e contato com outras crianças.
Junto com a dúvida, chegam várias questões – que a Dra. Cristiana Meirelles, nossa Gerente Médica, ajuda a esclarecer nos parágrafos abaixo.
Pensando em socialização, não há motivo para entrada na creche antes dos 2 anos de idade. Sem dúvida, a interação com outras crianças (e adultos) é benéfica.
No entanto, antes de 2 anos, em média, a criança gosta de brincar sozinha. Pode ficar curiosa com a presença de outro bebê assim como um brinquedo desperta a sua atenção, mas não percebe na criança um semelhante com quem pode interagir. Mais próximo dos 2 anos, inicia-se a ideia de brincar ao lado de outra, eventualmente com alguma troca. A partir daí, a socialização vai aumentando, até que brincar em grupo se torna algo muito divertido.
Além disso, após 2 anos de idade, o sistema imunológico está mais maduro, há melhor desenvolvimento da visão e da audição, a comunicação (fala) está mais aprimorada e a marcha mais firme e o desfralde já pode ser iniciado na maioria das vezes, fatores que facilitam a vivência na creche.
Portanto, para um lactente (bebê até 2 anos de idade), o mais indicado seria que um familiar ou uma babá de confiança assumisse os cuidados com o bebê na ausência dos pais. O familiar (avó, tia, madrinha) precisa ter vontade e disponibilidade e a babá deve ter recomendação com boas referências e, preferencialmente, iniciar o trabalho supervisionada pela mãe ou outro familiar.
Caso os pais não disponham de um familiar ou uma boa babá, a creche se torna a única opção. Quando a escolha é criteriosa, há benefícios de garantirmos um local seguro, com cuidadores carinhosos e atenciosos, com atrativos para o entretenimento da criança, favorecendo seu desenvolvimento neuropsicomotor.
Um local com brinquedos coloridos, espaço ao ar livre, funcionárias amorosas que leiam histórias e sejam atentas às necessidades do bebê pode ser uma opção preferível a uma babá que se limita a alimentar e higienizar a criança, por exemplo.
Os avós, além de muitas vezes trabalharem ou não poderem/quererem ter o compromisso dos cuidados diários, podem ter conceitos antigos em relação à introdução alimentar e métodos de educação não utilizados pelos pais. É importante que haja respeito às decisões da mãe e do pai, sem intervenção autoritária, sem desqualificar a criação deles e de forma afetuosa e com empatia.
Uma das principais vantagens de adiar a ida para a creche é evitar as “crechites”, ou seja, as doenças comuns da infância que se tornam muito mais frequentes quando há contato diário por muitas horas com outras crianças.
Quando a mãe volta ao trabalho, o bebê perde suas referências e sua rotina e, nessa idade (até 1-2 anos), o vínculo afetivo e o atendimento personalizado são valiosos. Na creche, o cuidado será compartilhado entre várias cuidadoras, tornando difícil essa ligação.
Caso os avós possam assumir esses cuidados, ainda há ganhos maravilhosos. Eles podem ser excelentes contadores de histórias inclusive da família, transmitir o saber de geração em geração e passar a sensação de pertencimento à criança.
Uma dica importante é contar com indicações de pessoas de confiança, conversar com outros pais que tenham referências da creche.
Atenção especial deve ser dada à segurança do local. Observar se há redes em janelas e escadas, escadas com antiderrapante, cozinha com porta de segurança, extintores de incêndio e saídas de emergência.
Outro ponto fundamental para a saúde do bebê é a higiene. Visitar o local de surpresa para avaliar a limpeza das salas, banheiros e cozinha, como é o preparo dos alimentos e a higiene das cuidadoras.
O número de funcionários e a sua capacitação, assim como a quantidade de crianças por sala, também devem ser considerados. Muitos bebês com poucos cuidadores sobrecarrega o funcionamento da creche, prejudicando os cuidados com cada criança.
É muito importante prestar atenção nas atividades oferecidas para essa tomada de decisão. É interessante que haja um projeto pedagógico, com brinquedos adequados para cada faixa etária, brincadeiras e estímulos de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança e atividades ao ar livre.
O espaço físico deve ser adequado, com um ambiente arejado, com luz do sol e boa circulação de ar. Não deve haver televisão nem tablets nas salas, já que o uso de telas até os 2 anos de idade é formalmente contraindicado.
Outra consideração importante é o cardápio da creche, principalmente em relação aos lanches, que não devem conter açúcar, farinha, biscoito açucarado, mel, alimentos industrializados, cereais com açúcar e sucos de caixinha, por exemplo.
As principais são as doenças infectocontagiosas. Elas podem ser transmitidas via respiratória, através da fala, tosse e espirros, por contato direto pessoa a pessoa e via fecal-oral.
Incluímos nessa lista os resfriados, conjuntivite, gastroenterite aguda, parasitose intestinal, síndrome mão-pé-boca, estomatite etc. Na creche, há risco de infecções mais graves e sequelas, como pneumonia e otite de repetição, por exemplo.
Em média, lactentes apresentam 8 a 12 infecções de vias aéreas superiores em um ano. A impressão que se tem é que a criança frequentadora de creche está resfriada o tempo todo, quando, na verdade, é uma infecção seguida de outra. Compartilhar brinquedos e chupetas, além do convívio muito próximo e prolongado com outras crianças, predispõem a uma maior ocorrência.
Neste aspecto, é fundamental que a caderneta de vacinação da criança esteja sempre atualizada conforme a recomendação do pediatra. É importante, também, que o aleitamento materno seja mantido pelo maior tempo possível.
A pandemia de Covid-19 nos fez lembrar de algo muito importante e que culturalmente não seguimos, que é o isolamento dos doentes. Isto é, caso uma criança apresente qualquer sinal de doença infectocontagiosa, seja uma simples febre baixa, diarreia ou coriza, é preciso que não frequente a creche para evitar a transmissão a outras crianças e aos funcionários. Nessas horas, deverá haver um plano B, um esquema alternativo para os cuidados com a criança. Da mesma forma, uma cuidadora doente deve ficar afastada até seu restabelecimento completo.
Quando a creche for a escolha, anote uma dica fundamental: observar a interação entre os cuidadores e as crianças. Se elas estiverem felizes é um ótimo sinal. Siga a sua intuição.
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Junto com a dúvida, chegam várias questões – que a Dra. Cristiana Meirelles, nossa Gerente Médica, ajuda a esclarecer nos parágrafos abaixo.
Qual a idade mais indicada para colocar o bebê na creche?
Pensando em socialização, não há motivo para entrada na creche antes dos 2 anos de idade. Sem dúvida, a interação com outras crianças (e adultos) é benéfica.
No entanto, antes de 2 anos, em média, a criança gosta de brincar sozinha. Pode ficar curiosa com a presença de outro bebê assim como um brinquedo desperta a sua atenção, mas não percebe na criança um semelhante com quem pode interagir. Mais próximo dos 2 anos, inicia-se a ideia de brincar ao lado de outra, eventualmente com alguma troca. A partir daí, a socialização vai aumentando, até que brincar em grupo se torna algo muito divertido.
Além disso, após 2 anos de idade, o sistema imunológico está mais maduro, há melhor desenvolvimento da visão e da audição, a comunicação (fala) está mais aprimorada e a marcha mais firme e o desfralde já pode ser iniciado na maioria das vezes, fatores que facilitam a vivência na creche.
Portanto, para um lactente (bebê até 2 anos de idade), o mais indicado seria que um familiar ou uma babá de confiança assumisse os cuidados com o bebê na ausência dos pais. O familiar (avó, tia, madrinha) precisa ter vontade e disponibilidade e a babá deve ter recomendação com boas referências e, preferencialmente, iniciar o trabalho supervisionada pela mãe ou outro familiar.
Quais os benefícios de o bebê ir cedo para a creche?
Caso os pais não disponham de um familiar ou uma boa babá, a creche se torna a única opção. Quando a escolha é criteriosa, há benefícios de garantirmos um local seguro, com cuidadores carinhosos e atenciosos, com atrativos para o entretenimento da criança, favorecendo seu desenvolvimento neuropsicomotor.
Um local com brinquedos coloridos, espaço ao ar livre, funcionárias amorosas que leiam histórias e sejam atentas às necessidades do bebê pode ser uma opção preferível a uma babá que se limita a alimentar e higienizar a criança, por exemplo.
Os avós, além de muitas vezes trabalharem ou não poderem/quererem ter o compromisso dos cuidados diários, podem ter conceitos antigos em relação à introdução alimentar e métodos de educação não utilizados pelos pais. É importante que haja respeito às decisões da mãe e do pai, sem intervenção autoritária, sem desqualificar a criação deles e de forma afetuosa e com empatia.
Quais os benefícios de o bebê não ir cedo para a creche?
Uma das principais vantagens de adiar a ida para a creche é evitar as “crechites”, ou seja, as doenças comuns da infância que se tornam muito mais frequentes quando há contato diário por muitas horas com outras crianças.
Quando a mãe volta ao trabalho, o bebê perde suas referências e sua rotina e, nessa idade (até 1-2 anos), o vínculo afetivo e o atendimento personalizado são valiosos. Na creche, o cuidado será compartilhado entre várias cuidadoras, tornando difícil essa ligação.
Caso os avós possam assumir esses cuidados, ainda há ganhos maravilhosos. Eles podem ser excelentes contadores de histórias inclusive da família, transmitir o saber de geração em geração e passar a sensação de pertencimento à criança.
- Veja também: Crianças com febre? Entenda o que fazer!
O que os pais devem se atentar ao escolher a creche do filho?
Uma dica importante é contar com indicações de pessoas de confiança, conversar com outros pais que tenham referências da creche.
Atenção especial deve ser dada à segurança do local. Observar se há redes em janelas e escadas, escadas com antiderrapante, cozinha com porta de segurança, extintores de incêndio e saídas de emergência.
Outro ponto fundamental para a saúde do bebê é a higiene. Visitar o local de surpresa para avaliar a limpeza das salas, banheiros e cozinha, como é o preparo dos alimentos e a higiene das cuidadoras.
O número de funcionários e a sua capacitação, assim como a quantidade de crianças por sala, também devem ser considerados. Muitos bebês com poucos cuidadores sobrecarrega o funcionamento da creche, prejudicando os cuidados com cada criança.
Quais atividades ideais uma creche deve ter?
É muito importante prestar atenção nas atividades oferecidas para essa tomada de decisão. É interessante que haja um projeto pedagógico, com brinquedos adequados para cada faixa etária, brincadeiras e estímulos de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança e atividades ao ar livre.
O espaço físico deve ser adequado, com um ambiente arejado, com luz do sol e boa circulação de ar. Não deve haver televisão nem tablets nas salas, já que o uso de telas até os 2 anos de idade é formalmente contraindicado.
Outra consideração importante é o cardápio da creche, principalmente em relação aos lanches, que não devem conter açúcar, farinha, biscoito açucarado, mel, alimentos industrializados, cereais com açúcar e sucos de caixinha, por exemplo.
Doenças características do ambiente de creche
As principais são as doenças infectocontagiosas. Elas podem ser transmitidas via respiratória, através da fala, tosse e espirros, por contato direto pessoa a pessoa e via fecal-oral.
Incluímos nessa lista os resfriados, conjuntivite, gastroenterite aguda, parasitose intestinal, síndrome mão-pé-boca, estomatite etc. Na creche, há risco de infecções mais graves e sequelas, como pneumonia e otite de repetição, por exemplo.
Os lactentes
Em média, lactentes apresentam 8 a 12 infecções de vias aéreas superiores em um ano. A impressão que se tem é que a criança frequentadora de creche está resfriada o tempo todo, quando, na verdade, é uma infecção seguida de outra. Compartilhar brinquedos e chupetas, além do convívio muito próximo e prolongado com outras crianças, predispõem a uma maior ocorrência.
Neste aspecto, é fundamental que a caderneta de vacinação da criança esteja sempre atualizada conforme a recomendação do pediatra. É importante, também, que o aleitamento materno seja mantido pelo maior tempo possível.
Isolamento dos doentes
A pandemia de Covid-19 nos fez lembrar de algo muito importante e que culturalmente não seguimos, que é o isolamento dos doentes. Isto é, caso uma criança apresente qualquer sinal de doença infectocontagiosa, seja uma simples febre baixa, diarreia ou coriza, é preciso que não frequente a creche para evitar a transmissão a outras crianças e aos funcionários. Nessas horas, deverá haver um plano B, um esquema alternativo para os cuidados com a criança. Da mesma forma, uma cuidadora doente deve ficar afastada até seu restabelecimento completo.
Quando a creche for a escolha, anote uma dica fundamental: observar a interação entre os cuidadores e as crianças. Se elas estiverem felizes é um ótimo sinal. Siga a sua intuição.
Para cuidar da saúde física, chama a Beep!
A Beep te ajuda a cuidar da sua saúde física e da família. Aqui, você pode fazer exames de sangue, urina, fezes e contra a Covid-19, além de tomar vacinas particulares no conforto da sua casa. O nosso atendimento é de domingo a domingo (incluindo feriados). Baixe o nosso aplicativo e agende uma visita agora mesmo. ?
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muito bom seu site gostei muito do seu conteúdo.Vou passar mais vezes para ver as atualizações.abraço para vcs.
Excelente texto
Muito explicativo
Ótima análise e reflexão. Obrigada por compartilhar.
Ficamos muito felizes em saber que você gostou, Priscilla! 💚 Temos muitos outros conteúdos bem legais aqui no blog. Vale muito a pena acompanhar!