Conteúdo especial oferecido pela Pfizer.
A maioria dos casos da doença é causada por cinco sorogrupos de meningococo: A, B, C, W e Y1. No Brasil, o sorogrupo B tem incidência mais alta em bebês e crianças pequenas. Em 2022, foram 0,45 casos/100 mil em menores de 1 ano, mantendo a média do ano anterior. O sorogrupo C se mantém predominante nos casos de doença meningocócica, mas a incidência entre menores de 1 ano saltou de 0,04 casos/100 mil em 2021 para 0,15/100 mil no ano seguinte¹
Os adolescentes e jovens adultos são um público que merece atenção quando se fala da doença meningocócica. Mesmo com vacinas disponíveis para essa faixa etária, o sorogrupo C ainda é o mais frequente entre adolescentes de 15 a 19 anos, com incidência atual de 0,04 casos/100 mil, seguido pelo sorogrupo B, com 0,03 casos/100 mil1. Além disso, os adolescentes são os maiores responsáveis pelo carreamento da bactéria Neisseria meningitidis, causadora da doença meningocócica, na mucosa nasofaríngea³. Por isso, é fundamental a orientação para que os jovens também recebam doses de reforço vacinal contra a doença.
Baixa cobertura vacinal continua impactando os óbitos
Um complicador da situação epidemiológica é a queda da cobertura vacinal contra a meningite meningocócica nos últimos anos. A aplicação da vacina meningocócica C (conjugada) em menores de 1 ano de idade caiu, em apenas cinco anos, de 87.4% para 47% no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A diminuição da cobertura vacinal pode levar a surtos, como um registrado em 2022 na cidade de São Paulo que causou ao menos dez mortes no município4 .
A importância das doses de reforço
Pela abrangência de casos em diferentes faixas etárias e pela gravidade da doença, é importante que, além de as crianças se vacinarem contra a meningite meningocócica nos primeiros meses de vida, seja feito o reforço vacinal entre os 5 e 6 anos e, novamente, aos 11 anos ou após 5 anos da última dose, sendo aos 16 anos6 .
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam, sempre que possível o uso da vacina meningocócica conjugada ACWY, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 11 e 12 anos – para as demais idades, essa vacina está disponível na rede privada. Já a vacina meningocócica conjugada B pode ser aplicada nos bebês e seguir o mesmo esquema vacinal de reforço entre crianças e adolescentes5 .
PP-UNP-BRA-3955
Referências:
1. Ministério da Saúde. Situação Epidemiológica das Meningites no Brasil – 2022. Disponível em: https//www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/meningite/publicacoes/situacao- epidemiologica-das-meningites-no-brasil-2022.pdf/view. Acessado em 27/4/2023
2. World Health Organization. Meningitis. Disponível em https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningitis. Acessado em 27/4/2023
3. Burman C. Serra L. Nuttens C, Presa J. Balmer P. York L Meningococcal disease in adolescents and young adults: a review of the rationale for prevention through vaccination. Hum Vaccin Immunother. 2019:15(2) 459-46g. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/21645515.2018.1528831. Acessado em 27/4/2023.
4. Fiocruz. É preciso vacinar. o risco representado pela queda da cobertura vacinal contra meningite. Disponível em: https://portalfiocruz.br/noticia/o-risco-representado-pela-queda-brusca-da-cobertura-vacinal-contra-meningite. Acessado em 27/4/2023.
5. Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIm. Calendário Vacinal SBIm 2023/2024 – Do nascimento à terceira idade. Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100-2023-2024.pdf. Acessado em 27/4/2023.
6. SBP. Calendário de Vacinação 2023. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24158g-DC_Calendario_Vacinacao_-_Atualizacao_2023.pdf. Acessado em: 19/12/2023