Surgiram pequenas bolhas, úlceras e coceiras na sua região íntima? Se a resposta foi sim, pode ser que você esteja com uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) chamada herpes genital. Como esse é um assunto que pode causar muitas dúvidas, fizemos um post completo sobre o tema. Leia o artigo! 

Homem e mulher em uma consulta médica para descobrir se estão com herpes genital


O que é herpes genital?


O herpes genital é uma IST que pode ser causado mais comumente pelo herpes simples vírus 2 (VHS-2) e, em alguns casos, também pelo herpes simples vírus 1 (VHS-1). 
Esse vírus tem a capacidade de ficar latente e reativar posteriormente. Após a primeira infecção, ele permanece em determinadas células sem provocar qualquer sintoma, podendo ser reativado de forma sintomática ou não. 
Os principais sinais são a presença de vesículas e úlceras pequenas que podem causar muita dor na região genital feminina e masculina. É uma doença com tratamento e controle, mas que não tem cura. 

Como o herpes genital é transmitido?


O herpes genital pode ser transmitido durante as relações sexuais e também da mãe para o filho durante o parto normal. 

1. Transmissão do herpes genital via relações sexuais


A chance de contaminação é maior quando um dos parceiros tem a doença e está na fase sintomática, ou seja, apresenta lesões na região genital. 
Também é possível transmiti-la quando a pessoa está na fase assintomática da doença, ou seja, quando não possui os sinais e sintomas naquele momento. Isso acontece porque o indivíduo pode continuar eliminando o herpes vírus. A diferença é que a taxa de contágio é muito menor nesse período. 
Como as lesões do herpes genital podem aparecer em locais que não são protegidos pelas camisinhas, os preservativos reduzem as chances da pessoa se infectar com a IST, porém não a evitam completamente. 

2. Transmissão do herpes genital via parto vaginal 


O contágio acontece durante o parto vaginal, pois o bebê vai precisar passar pelo canal da vagina. Como existe a lesão e a secreção do herpes genital, aumenta a chance de contaminar a criança, principalmente quando a gestante está com os sinais e sintomas da doença.
Lembrando que a transmissão também é possível quando a mulher está assintomática. Além disso, existe maior risco quando ela apresenta a primeira infecção nas últimas semanas da gravidez. 

O herpes genital pode ser transmitido ao compartilhar roupas e toalhas?


Não é comum a transmissão do vírus herpes simples por meio de roupas e toalhas, assim como o contágio em banheiros e/ou piscinas. O motivo é simples: o agente causador da doença não consegue viver durante muito tempo em ambientes externos. 

Quem tem herpes labial pode transmitir o vírus e causar na outra pessoa o herpes genital?


Sim. É possível que o herpes labial seja passado para os órgãos sexuais via sexo oral. A diferença é que, no caso do herpes genital causado pelo VSH1, a doença tem uma intensidade branda e não acontece com tanta frequência. 
Outro fato curioso é que não é tão comum haver a transmissão em momentos fora das crises (quando os sinais e sintomas não estão presentes).  

Todas as pessoas com herpes genital vão ter os sinais e sintomas da doença? 


A maioria das pessoas com herpes genital não apresentam qualquer sinal ou sintoma da doença, ou seja, são assintomáticas. 

Quanto tempo o herpes genital demora para se manifestar?


O período de incubação, ou seja, o intervalo entre o dia do primeiro contato com o vírus  herpes simples até o começo dos sinais e sintomas (quando a pessoa não é assintomática) é entre 2 dias e 2 semanas. 
Também é possível que eles apareçam pela primeira vez anos depois do contágio. Isso pode acontecer, principalmente, se o indivíduo passar por algum episódio que diminua a sua imunidade. 

Quais são os sinais e sintomas do herpes genital? 


Quando é sintomática, a infecção primária é precedida por dor, ardência e sensação de “formigamento” no local onde surgirá a lesão. Também podem estar presentes manifestações sistêmicas, como dor de cabeça, febre, mal-estar e gânglios inguinais que costumam desaparecer antes da cura das lesões. 
Em resumo, os principais sinais e sintomas do herpes genital são:  
  • Pequenas bolhas e/ou úlceras agrupadas nos órgãos sexuais (lado interno ou externo) e ânus;
  • Prurido (coceira);
  • Corrimento vaginal e desconforto durante as relações sexuais;
  • Dores no corpo;
  • Dor ao urinar (caso as úlceras estejam próximas à saída da uretra);
  • Febre;
  • Linfonodos;
  • Mal-estar.

Tipos de infecção de herpes genital


Existem dois tipos de infecção causada pelo herpes genital: a primária e a recorrente. 

1. Infecção primária do herpes genital


A infecção primária do herpes genital acontece quando a pessoa é contaminada e os sinais e sintomas aparecem pela primeira vez. 

2. Infecção recorrente do herpes genital


O herpes genital não tem cura e ele pode sumir e aparecer de tempos em tempos. Geralmente, é em menos de 18 meses na maioria das pessoas contaminadas. Quando isso acontece, chamamos de infecção recorrente. 
Diferente das lesões primárias, as infecções recorrentes costumam causar sinais e sintomas menos intensos e com menos dor. Elas também persistem por um menor período de tempo.
Alguns motivos podem levar ao reaparecimento do herpes genital: 
  • Trauma na região genital;
  • Doença;
  • Estresse;
  • Grande esforço físico;
  • Imunossupressão;
  • Muita exposição ao sol;
  • Menstruação (em alguns casos).

Antes da chegada da infecção recorrente, a pessoa pode sentir:
  • Prurido;
  • Dormência ou formigamento nos órgãos genitais. 

Quanto tempo demora para o herpes genital desaparecer?


O tempo para o herpes genital sumir depende do tipo de infecção e se a pessoa está fazendo algum tratamento. Veja a relação na tabela abaixo: 

Sem tratamento

Com tratamento

Infecção primária

Infecção recorrente

Infecção primária

Infecção recorrente

Entre 2 a 4 semanas. 

Entre 1 a 2 semanas.

Entre 4 a 7 dias.


Como é feito o diagnóstico do herpes genital? 


Na maioria das vezes, o diagnóstico é clínico. Os médicos conseguem identificar se é herpes genital só pela avaliação das lesões. Eles também podem pedir alguns exames de IST (específicos para herpes) para saber qual é o tipo de vírus que causou a infecção. 


Qual exame detecta herpes genital?


Existem alguns exames para detecção como, por exemplo, os exames de sangue (sorologia) para detectar a presença do herpes simples 1 e/ou 2. Outros métodos possíveis são a cultura viral e a detecção direta do vírus através da coleta do material das lesões para a pesquisa do vírus. 

Como tratar o herpes genital?


O tratamento do herpes genital é feito com medicamentos antivirais. Infelizmente, o remédio não vai eliminar o vírus. O que ele faz é tornar o processo de cura das bolhas e úlceras mais rápido. Ele evita também que a pessoa sofra com complicações e reduz a possibilidade de transmiti-la para outro indivíduo. 
Outros cuidados especiais durante o tratamento são: 
  • Não tomar banho com sabão ou banho de espuma;
  • Não utilizar roupas íntimas apertadas;
  • Deixar a região genital sempre seca e limpa;
  • Não usar pomadas e cremes na área genital. 

Como curar o herpes genital?


Até o momento, o herpes genital ainda não possui cura. Só é possível fazer o tratamento e controle dos sinais e sintomas. 

Como prevenir o herpes genital? 


Uma das principais formas de prevenção é usar camisinha e não ter relações sexuais quando estiver na fase ativa da doença. No caso do preservativo, é preciso falar que ele diminui o risco de contrair essa IST, mas não a evita completamente.

Quem tem herpes genital pode amamentar?


Sim! A infecção pelo herpes simples não contraindica a amamentação.

Quem tem herpes genital pode ter filhos?


Pode sim! Só são necessários alguns cuidados. Quando a primeira infecção da mulher pelo HSV ocorre durante a gravidez, o risco de transmissão para o bebê é maior, pois a gestante ainda não tem anticorpos para combater a infecção.
Quando a paciente contraiu o vírus há mais tempo e a doença não está ativa, é raro a doença ser transmitida para o feto na vida intrauterina. Também não é frequente o recém-nascido pegar a doença se a mãe não está manifestando sintomas. 
É imprescindível avisar o médico que a acompanha no pré-natal, pois uma das características do herpes genital é provocar recidivas de tempos em tempos.

Como não passar herpes genital para o bebê?


Mulheres sem o diagnóstico de herpes genital devem evitar ter relações sexuais, principalmente no terceiro trimestre, com parceiros sabidamente infectados. Testes sorológicos podem ser úteis na identificação dessas gestantes com risco de infecção. 
Embora o parto cesariano não elimine completamente o risco de transmissão neonatal, este deve ser recomendado caso a gestante apresente lesão herpética no início do trabalho de parto.
É importante comunicar o médico que está acompanhando, pois pode ser necessário o uso de medicação antiviral durante a gestação e/ou no momento do parto, conforme a indicação. 

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