Ouvir que você ou alguém próximo está com câncer, como é o caso da leucemia, é sempre um choque. É muito difícil para quem recebe o diagnóstico e não deixa de ser complicado também para os parentes e pessoas próximas. O primeiro passo é entender que existe tratamento e, se ela for descoberta logo no início, há chance de cura. 

Mulher com leucemia beija o rosto de uma menina


Para começar, vamos falar sobre a medula óssea


Antes de falarmos sobre a leucemia, precisamos dar um passo atrás e explicar rapidamente sobre a medula óssea. Muita gente também a chama de “tutano”, então, não estranhe se alguém se referir a ela desse jeito, ok? 
O que você precisa saber é que a medula óssea está localizada dentro do osso. Esse é o local em que ficam as células sanguíneas que dão origem aos glóbulos vermelhos, aos brancos e às plaquetas. 
O problema ocorre quando as células sanguíneas, que ainda não estão maduras, sofrem uma mutação genética e se tornam cancerígenas. Depois disso, elas se multiplicam, não funcionam adequadamente e acabam substituindo as células sanguíneas normais aos poucos.

Ilustração que mostra os componentes da medula óssea, local onde ocorre o acúmulo de células brancas cancerígenas que causam a leucemia.


O que é leucemia? 


A leucemia é um câncer dos glóbulos brancos. Ela acontece quando essas células, que se tornam doentes (cancerígenas), são acumuladas na medula óssea e, aos poucos, tomam o lugar das saudáveis. Um dos principais sinais dessa doença é a presença da anemia. Além disso, o paciente pode ter redução na imunidade, o que o deixa mais suscetível a doenças e infecções frequentes ou graves. 

Quantos tipos de leucemia existem?


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos da doença. As quatro mais comuns são: 
  • Leucemia linfoide aguda (LLA): evolui rapidamente e pode acontecer em adultos, mas ocorre com frequência em crianças;
  • Leucemia linfoide crônica (CLL): evolui lentamente e é muito comum em quem tem mais de 55 anos;
  • Leucemia mieloide aguda (LMA): evolui rapidamente e é bem frequente em crianças, mas também pode atingir adultos;
  • Leucemia mieloide crônica (LMC): evolui lentamente e atinge os adultos com maior frequência.


Quais são os fatores de risco? 


Um dos principais é a idade. Quanto mais anos de vida uma pessoa tem, maior é a chance de desenvolver leucemia. Então, é muito comum ver idosos com a doença. Apenas na leucemia linfoide (linfocítica) isso é diferente, porque ela é mais frequente na infância. 

Veja alguns outros fatores de risco na tabela abaixo


Todos os dados a seguir foram retirados do Instituto Nacional do Câncer (INCA): 
Fatores  de risco

Doenças que esses fatores de risco 

podem influenciar 

Linfoide aguda 

Linfoide crônica  Mieloide aguda 

Mieloide crônica

Tabagismo

☑️
Benzeno ☑️ ☑️

☑️

Raio X e gama

emitidos durante a radioterapia* 

☑️ ☑️

☑️

Quimioterapia 

☑️ ☑️

Síndrome de Down

☑️

Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas

☑️ ☑️

Histórico familiar ☑️

☑️


*O risco para leucemia varia conforme a dose, tempo de exposição aos raios e a idade do paciente.

O que a leucemia pode causar? 


Veja quais são os sinais e sintomas dessa doença:
Doenças/ situações causadas pela leucemia

Sintomas relacionados 

Anemia

  • Dor de cabeça;
  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Palpitação;
  • Etc.

Redução no número de plaquetas

  • Manchas ou pontos roxos na pele;
  • Sangramento nas gengivas e no nariz.

Sistema Nervoso Central (SNC)

  • Dores de cabeça;
  • Desorientação;
  • Náuseas;
  • Visão dupla;
  • Vômitos.

Sintomas relacionados à 

leucemia em geral

  • Desconforto no abdômen;
  • Dores nas articulações e ossos;
  • Inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço e axilas (indolor);
  • Febre e/ou suor à noite;
  • Perda de peso sem motivo.

Como saber se uma pessoa está com leucemia?


Uma pessoa pode saber se está com leucemia ao ir ao médico e fazer os exames pedidos. Hemograma, exames de bioquímica e de coagulação são alguns solicitados pelos profissionais de saúde. A confirmação ocorre com o mielograma (que verifica a medula óssea) e, em alguns casos, após a biópsia desse tecido.


Como tratar a leucemia? 


O tratamento varia conforme o tipo de leucemia e deve ser recomendado pelos médicos. A seguir, você vai ver quais são os mais indicados para os quatro mais comuns:
  • Linfoide aguda: quimioterapia em conjunto com os corticoides. Pode ser recomendado o transplante de medula óssea;
  • Linfoide crônica: quimioterapia para casos em que a doença está progredindo. Quem está com a leucemia mais agressiva pode ter um tratamento combinado: quimio e anticorpos sintéticos contra os linfócitos (glóbulos brancos). Também pode ser recomendado o transplante de medula óssea;
  • Mieloide aguda: quimioterapia. O transplante de medula também pode ser recomendado, dependendo do caso;
  • Mieloide crônica: medicação. O transplante de medula óssea é o único tipo de tratamento que pode levar o paciente à cura. 

Como prevenir a leucemia?


Ainda não é possível prevenir a maioria dos casos de leucemia, porque grande parte dos fatores de risco não podem ser alterados e/ou evitados pela pessoa. A única exceção é o tabagismo. Nesse caso, parar de fumar ajuda na prevenção desse e de diversos outros problemas de saúde. 

Quando a leucemia leva à morte?


A leucemia pode levar à morte em casos avançados da doença e de maior gravidade. Dessa forma, é muito importante que o diagnóstico da doença seja rápido para obter uma tentativa de tratamento mais ágil e eficiente. 

Quais são as chances de cura da leucemia?


As chances de cura da leucemia são maiores quando o diagnóstico é feito precocemente e a definição do tratamento deve ser a mais adequada para cada subtipo da doença. 

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