No primeiro texto da nossa série, falamos sobre a importância da amamentação, principalmente em longo prazo. Agora, vamos contar alguns fatos curiosos sobre o “líquido de ouro”: o leite materno!

1) O leite materno é o único leite “vivo”


Considerado o melhor alimento do mundo, o leite materno está em constante mudança na sua composição e nos fatores ativos para o bebê. Ele se adapta e  sempre tem os nutrientes na quantidade e na qualidade adequadas que a criança precisa, em cada idade e em cada momento da vida.
Uma imagem mostrando um bebê deitado no colo da mãe se amamentando de leite materno
O colostro é o líquido produzido em pequeno volume entre o nascimento até, em média, os primeiros 5 dias de lactação. Ele é extremamente importante para o recém-nascido por ser rico em células de defesa – anticorpos, como a IgA, responsáveis por proteger a criança contra doenças -, além de proteínas e oligossacarídeos.
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Já o leite de transição, produzido entre o 5° dia e as duas semanas após o parto, é rico em lactose, gordura e vitaminas hidrossolúveis. Por fim, o “leite maduro”, mais espesso, geralmente é produzido cerca de 2 semanas após o parto, permanecendo o mesmo até o restante do período de lactação. A quantidade de anticorpos vai diminuindo à medida que o sistema imunológico da criança amadurece, enquanto enzimas antimicrobianas e substâncias antioxidantes são mais frequentes na composição desse leite. Possui um equilíbrio entre macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos) e micronutrientes (vitaminas e minerais).

A imagem mostra alguém preenchendo uma mamadeira com leite materno
Também conhecido como “sangue branco”, o leite materno tem a surpreendente capacidade de variar sua composição no decorrer de uma mamada, ao longo de um dia, de meses e até mesmo de anos, em ajuste com as necessidades do lactente.

2) A cor do leite muda


Por conta dessa transformação constante do leite materno, a sua coloração também muda. No início da mamada, ele tem uma cor parecida com a da água de coco, pois sua composição tem mais água que gorduras, além de ser  rico em anticorpos. Conforme o bebê mama, o leite do meio desce, que é branco e opaco devido ao aumento da quantidade de uma proteína chamada caseína. Próximo ao  final, o leite contém mais gorduras e, por isso, a cor é mais amarelada. Também tem mais calorias e dá saciedade para a criança.
A cor do leite materno também pode variar com a alimentação da mulher, com o uso de alguns medicamentos ou em caso de rachaduras no bico do seio, que causam sangramento. Se o seu leite estiver com a cor esverdeada, vermelho tijolo ou marrom, procure um profissional de saúde imediatamente ou um Banco de Leite Humano.

3) Acreditava-se que o leite materno era estéril


Até pouco tempo, havia essa crença, mas hoje sabemos que ele tem sua microbiota própria, sendo composto por diversos microrganismos. Esses micróbios funcionam como prebióticos e probióticos, habitando o trato gastrointestinal do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias, diarreias e outras infecções bacterianas.
O leite materno é rico em substâncias anti-inflamatórias e antioxidantes, protegendo a criança contra efeitos nocivos da inflamação. Além disso, diversas proteínas presentes nesse leite protegem os bebês contra infecções na mucosa e na pele. Há, ainda, a presença de microrganismos no leite materno que estimulam e desenvolvem o amadurecimento do sistema imunológico infantil.

4) A amamentação em longo prazo pode ajudar no desenvolvimento da inteligência infantil


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), vários estudos científicos apontam uma relação entre a amamentação e o Quociente de Inteligência (QI). Os bebês que mamam têm maiores chances de se tornarem adultos menos doentes e mais inteligentes. 
Isso acontece porque, nos primeiros 2 anos, o desenvolvimento do cérebro é intenso e o leite materno é composto por substâncias essenciais para que a criança atinja o seu potencial de inteligência. Em geral, a criança em aleitamento materno também tende a ser mais estimulada.
Até os 9 meses, aproximadamente, quanto mais tempo durar a amamentação, maior pode ser o aumento no QI. O mesmo acontece com bebês de até 6 meses que seguem alimentados exclusivamente com leite materno, sem outros alimentos ou tipos de leite. Ao analisar crianças amamentadas em comparação com as não amamentadas, ou amamentadas por pouco tempo, o primeiro grupo tem uma média de 3,4 pontos a mais de QI.

No entanto, é importante ressaltar que nem toda criança amamentada será mais inteligente que a não amamentada. A amamentação não é fator único e determinante nesses casos. Outros fatores contribuintes são: a saúde, genética, os cuidados que ela recebe, o estímulo, estilo de vida, as experiências às quais é exposta, além do ambiente em que vive.

5) O leite materno é econômico


Amamentar um bebê no seio materno é de graça, já que o leite é produzido pelo próprio corpo da mãe ou pode ser adquirido em um Banco de Leite Humano. O custo de amamentar com fórmula ou de alimentar o bebê com outros alimentos é altíssimo em curto e longo prazo.
Uma pesquisa publicada em 2019, intitulada “O Custo de Não Amamentar”, mostrou que a amamentação previne a morte de 595.379 crianças por ano, causadas por diarreia e pneumonia, e evita cerca de 974.956 casos de obesidade infantil. Já para as mães, os pesquisadores apontam que a amamentação tem o potencial de prevenir 98.243 mortes por câncer de mama e de ovário e por diabetes tipo 2.

Com base nesses dados, o estudo concluiu que, economicamente, o aleitamento materno evita o gasto de aproximadamente 341.3 bilhões de dólares (ou 0,70% da renda nacional bruta mundial) por ano. Ou seja, os benefícios vão além da saúde.
Com todas essas informações, dá para entender o porquê de o  incentivo à amamentação ser tão importante. Por isso, devemos reforçar essa ideia constantemente.

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